Anti Lag System (ALS)

O Sistema ALS é também conhecido como "bang bang" e é relativamente recente e bastante notório nos actuais Gr.N's e Wrc's pois no momento da desaceleração, é bastante audível o som provocado por este sistema (rateres) e visível por vezes ao formar-se uma labareda na ponteira do escape, bem notória nos novos Focus WRC, especialmente nas novas provas nocturnas.

"Antigamente" para fazer face à inerente baixa de pressão de turbo na desaceleração, os pilotos usavam a técnica de elevar as rotações do motor acelerando com o pé direito enquanto travam com o esquerdo, técnica esta supostamente iniciada pelo veterano alemão Walter Röhrl, para manter a pressão positiva disponível para a próxima aceleração.

O sistema ALS surgiu como uma ideia simples mas relativamente difícil de implementar com o objectivo de para fazer face às restrições impostas com a criação do Gr.A e posteriormente dos WRC's e consequente uso dos restritores que passou a limitar os carros de competição a teóricos 300 cv's.

A toyota na altura na competição, chamou-lhe "Toyota Combustion Control System" enquanto que a Mitsubishi designou o sistema de "system Post Combustion Control System".

O funcionamento básico resume-se ao seguinte:

- Através de um timing de ignição específico e pré-definido electrónicamente, a mistura no momento da desaceleração, torna-se excessivamente rica em gasolina, inflamando nos colectores de escape incandescente, originando uma ou mais explosões as quais geram o fluxo que alimenta a rotação da turbina, mantendo-se assim pressões de turbo altas sem ajuda do acelerador.

Existem diversas configurações que podem ir do menos ao mais agressivo sendo que a diferença é bem notória no som produzido por cada carro, sendo que uns os rateres são mais frequentes e mais audíveis enquanto que noutros apenas se ouve como que um "borbulhar".

Como pontos negativos, o sistema ALS faz aumentar exponencialmente a temperatura do turbo o qual pode ir de 800 a 1100ºc sempre que este está activado, bem como a temperatura em todo o sistema de escape o qual terá de ser apropriado, daí o uso de cerâmica em alguns dos sistemas que equipam os carros de topo.

É possível implementar este sistema em carros de estrada, havendo porem necessidade de modificar tanto a electrónica como o sistema de escape e ter em conta que a vida útil do turbo diminui exponencialmente com o seu uso.



Nos WRC's, alem do uso do ALS, os turbos têm práticamente a mesma capacidade volumétrica que alguns desportivos de estrada devido ao facto do uso do restrictor reduzir significativamente a quantidade de ar que entra no compressor, daí o uso de turbos menores que são muito mais eficiente em baixos regimes, os quais têm wastegates externas controladas por nada mais nada menos que 4 actuadores que segundo os especialista permitem criar pressão apenas uma vez a qual ascende a cerca de 4 bars, mantida por um sistema complexo denominado de "antistall" e claro pelo ALS.

Os seus motores usam gasolina de elevada "octanagem" e têm uma taxa de compressão elevadíssima de algo como 10:1, o que permite produzir elevados níveis de gases de escape imprescindíveis para alimentar semelhantes níveis de pressão. Só assim é que é possível conseguir manter níveis de binário superiores a 700 n.m com as actuais regras FIA.

ALS - [Vídeo] http://www.filelodge.com/files/room24/639558/als.wmv

Fonte: Evo6 ™ Evoclube portugal

O que aprendo com este nosso amigo. Sinto-me mais culto.

Força aí!

É sempre bom aprender mais uma beca

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